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sábado, 26 de maio de 2012

Hipertensão lidera causas de mortalidade materna
No Pará, para cada 10 mil crianças nascidas, 53 mães morrem. O levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra ainda um comparativo entre o número de mortes de mulheres grávidas no Estado: 82 em 2009; 78 em 2010 e novamente 78 em 2011. Já nos quatro primeiros meses de 2012, esse quantitativo chegou a 18. No ano passado, a maior parte das mortes aconteceu na região sudeste do Estado: 12 mães.
A maioria dessas mortes maternas poderiam ser evitadas com um tratamento pré-natal de qualidade. A hipertensão (29,5% dos casos), hemorragia (9%) e a infecção (5,1%) são os motivos mais comuns de mortes. Os dados da mortalidade materna foram anunciados ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em videoconferência com as secretarias estaduais e das capitais. O Brasil apresentou queda na mortalidade materna de 21% em 2011.
Os números são resultado da Rede Cegonha, projeto do ministério realizado em conjunto com os estados e municípios que teve início no ano passado. A rede propõe uma nova estratégia de assistir a criança e a mãe, priorizando a atenção básica de saúde para prevenir complicações posteriores.
Segundo a coordenadora estadual da saúde da criança, Ana Cristina Guzzo, a Rede Cegonha foi aderida pelo Pará assim que foi lançada pelo Ministério da Saúde.
REDE
“A Região Metropolitana de Belém já aderiu ao projeto completo, em outros municípios do Estado já realizamos a adesão facilitada da rede, que dá conta de um dos aspectos proposto pela rede. Apresentamos um plano de trabalho ao ministro que já foi aprovado, ele prevê uma série de melhorias, como capacitação de profissionais, compra de equipamentos e reformas de unidades”, explica.
A coordenadora ressalta que muitos casos de complicações durante a gravidez ou o parto acontecem por falta de prevenção. “Na Santa Casa, temos uma média de 2% de crianças que nascem com sífilis congênita, um verdadeiro absurdo, se pensarmos que a sífilis pode ser tratada durante o pré-natal de forma a evitar isso”. Para ela, os agentes comunitários de saúde têm papel fundamental na rede. “Os agentes de saúde podem buscar e identificar as mulheres gestantes e encaminhá-las às unidades para realizarem os exames necessários”, acrescenta.
A Rede Cegonha vai capacitar parteira, entregar kits, sonares e possibilitar que boa parte dos tratamentos pré-natal sejam feitos nas unidades dos municípios. A intenção é evitar as complicações na gravidez realizando todos os exames necessários nas unidades municipais. “Queremos que o fluxo se faça de maneira mais tranquila e não concentrar atendimentos na capital de situações que poderiam ter sido impedidas antes”, conclui. (Diário do Pará / com Agência Pará)

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